quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

ALEXANDRE , O GRANDE

ALEXANDRE, O GRANDE
A poderosa figura de Alexandre III pertence ao reduzido grupo de homens que definiram o curso da história humana. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e assentou as bases da frutífera civilização helenística.Alexandre nasceu em 356 a.C. no palácio de Pella, Macedônia. Filho do rei Filipe II, cedo se destacou como um rapaz inteligente e intrépido. Quando o príncipe tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, de educá-lo. Alexandre aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, ciências físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou o Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria.Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando. O enérgico e bravo jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na batalha de Queronéia (338).Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C., Alexandre subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino. Para tão árdua empreitada contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque.Imediatamente depois de subir ao trono, Alexandre enfrentou uma sublevação de várias cidades gregas e as incursões realizadas no norte de seu reino pelos trácios e ilírios, aos quais logo dominou. Em contrapartida, na Grécia, a cidade de Tebas opôs grande resistência, o que o obrigou a um violento ataque no qual morreram milhares de tebanos.Pacificada a Grécia, o jovem rei elaborou seu mais ambicioso projeto: a conquista do império persa, a mais assombrosa campanha da antigüidade. Em 334 cruzou o Helesponto, e já na Ásia avançou até o rio Granico, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcançou importante vitória. Em Sardes, de posse de seu tesouro, Alexandre construi um templo a Zeus, no antigo palácio real do rei Creso. Zeus, o Deus padroeiro da Macedônia, encontra-se no reverso de quase toda cunhagem de prata, entronizado, segundo a famosa estátua de Fídias em Olímpia. O verso traz Hércules com seu capuz de máscara de leão. À medida que as fontes de fabricação marchavam para leste, o Zeus, esculpido por operários não gregos, trona-se crescentemente vago e o Hércules cada vez mais parecido com Alexandre. Prosseguiu triunfante em sua jornada, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia, onde cortou com a espada o "nó górdio", o que, segundo a lenda, lhe assegurava o domínio da Ásia.Ante o irresistível avanço de Alexandre, o rei dos persas, Dario III, foi a seu encontro. Na batalha de Isso (333) consumou-se a derrota dos persas e começou o ocaso do grande império. Em seguida, o rei macedônio empreendeu a conquista da Síria (332) e entrou no Egito.O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se. O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalização ao tomar contato com a civilização egípcia. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós. Em 332 fundou Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade.Depois de submeter a Mesopotâmia, Alexandre enfrentou novamente Dario na batalha de Gaugamela (331), cujo resultado determinou a queda definitiva da Pérsia em poder dos macedônios. Morto Dario (330), Alexandre o Grande foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa. Seu processo de orientalização se acentuou com o uso do selo de Dario, da tiara persa e do cerimonial teocrático da corte oriental. Além disso, no ano 328 contraiu matrimônio com Roxana, filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho de nome Alexandre IV.A tendência à fusão das duas culturas gerou desconfianças entre seus oficiais macedônios e gregos, que temiam um excessivo afastamento dos ideais helênicos por parte de seu monarca.Nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao Oriente. Em 327 dirigiu suas tropas para a longínqua Índia, país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo, às margens do rio Hidaspe. Ao chegar ao rio Bias, suas tropas, cansadas de tão dura empreitada, se negaram a continuar. Alexandre decidiu regressar à Pérsia, viagem penosa no qual foi ferido mortalmente e acometido de febres desconhecidas, que nenhum de seus médicos soube curar.Alexandre o Grande morreu na Babilônia, a 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 33 anos. O império que com tanto esforço edificou, e que produziu a harmoniosa união do Oriente e do Ocidente, começou a desmoronar, já que só um homem com suas qualidades poderia governar território tão amplo e complexo, mescla de povos e culturas muito diferentes. Depois de sua morte prematura, a influência da civilização grega no Oriente e a orientalização do mundo grego alcançaram sua mais alta expressão no que se conhece sob o nome de Helenismo.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Alfabeto Grego.

KAMLOPARDALI — girafa na língua grega
c
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d
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i
Kamlopardali: idioma grego (Greek)
Os antigos gregos chamavam a girafa de KAMELO-PARDALIS (camelo-pardo), porque a girafa tem a cabeça como a de um camelo e manchas como de um leopardo.
Grego atual — KAMLOPARDALIS, palavra derivada de KAMLOS (camel) + PARDALIS (pard).
Grego antigo — KAMHLOPARDALI
CAMELOPÁRDALE — do grego KAMELO-PARDALIS, camelo-pantera, nome que os antigos davam à girafa por causa das manchas.
Outra explicação encontrada, fontes:
English-Greek Dictionary — http://kypros.org/ (καμπλοπάρδαλη)Logos Dictionary — http://www.logos.it/ (καμηλοπάρδαλη)Logos Library — http://www.logoslibrary.eu/ (καμηλοπάρδαλη)
k
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Nota: photos (quer dizer luz) e graphy (do grego graphos, significa escrita); makros ou makrus (grande, longo); myrmeco (formigas) e phagos (comedor); dactylos (dedos); pharos (manto?), plastikos (feito para brincar)...
— Diodorus (20 a.C.)"O animal chamado camelopardalis (do texto grego: kamhlopardaleiV) mostra uma mistura de dois animais, compreendidos na apelação ou pronúncia, como se diz. Em tamanho e na curvatura do lombo elas se assemelham aos camelos; com forma distinta de cabeça e olhos. Mas a cor, o pelo e o comprimento do rabo, são como panteras."
— 20 a.C."Camelleopards (kamhlopardaleiV - do texto grego acima e abaixo) por sua variação de pele é mais parecido com a pele de um veado. As pernas traseiras são mais curtas do que as dianteiras, o que parece que o animal está subindo em uma rampa. Não é um animal selvagem, mas parecido como um quadrúpede domesticado." (Strabo, Bk. XVI. iv. § 18, E.T. by Hamilton and Falconer)
V
c
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l
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d
a
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e
u
s
— SURNAPA ou ZURNAPA (do árabe), parece ser a forma curiosamente divergente da mesma palavra, talvez mais próxima do original. E não é impossível que a palavra mais antiga, no uso bíblico, pode estar radicalmente conectada com a palavra GIRAFFE... A mais antiga menção do animal está na Setuagésima versão de Deut. xiv. 5, onde a palavra ZAMAR, traduzida para a língua inglesa ‘CHAMOIS’ (consta na Bíblia em inglês - pequeno animal como um gato que vive nas montanhas da Europa) é transcrita do texto grego (kamhlopardaliV); e também no vulgar camelopardalus, [provavelmente é um ‘WILD GOAT’ (animal selvagem pequeno com cornos) de Targums, não a girafa (Encycl. Bibl. i. 722)].
Camelopard (Ca*mel"o*pard) (ka*mel"o*pärd or kam"el*o*pärd; 277), n. [LL. camelopardus, L. camelopardalus, camelopardalis, fr. Gr. kamhlopa`rdalis; ka`mhlos a camel + pa`rdalis pard, leopard: cf. F. camélopard. The camelopard has a neck and head like a camel, and is spotted like a pard. See , and .] (Zoöl.) An African ruminant; the giraffe (Gi*raffe") n. [F. girafe, Sp. girafa, from Ar. zurafa, zarafa.]
V
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s
— 520 a.C.Ennepe moi kakeina, poluqroV Mousa ligeia, mikta fusin q hrwn, dicoqen kekerasmena, fula, pardalin aiolonwton omou xunhn te kamhlon. Deirh oi tanah, stikton demaV, ouata baia, Yilon uperqe karh, dolicoi podeV eurea tarsa, kwlwn douk isa metra, podeV t ou pampan omoioi (Oppiani Cynegetica, iii. 461 seqq).

GREGO — língua oficial da Grécia e de Chipre
A palavra alfabeto compõe-se de alpha + beta - as duas primeiras letras do alfabeto grego, correspondentes ao nosso a e b.
Α α
Β β
Γ γ
Δ δ
Ε ε
Ζ ζ
Η η
Θ θ
O alfabeto utilizado para escrever a língua grega baseia-se no alfabeto fenício - desenvolvido muitos séculos antes de Cristo - tanto que os antigos gregos chamavam as letras de "letras dos fenícios". O fenício é uma língua semítica antiga que foi falada nas cidades de Tiro e Biblos, na Fenícia (Ásia antiga), atual Líbano.
O semítico (pertencente ou relativo aos semitas - judeus) é um grupo de línguas da família camito-semítica, que compreende dois subgrupos: o oriental, representado pelo assírio, e o ocidental, com um tronco setentrional, ao qual pertencem o cananeu e o aramaico, e um tronco meridional, do qual fazem parte o árabe, o sabeu e o etiópico.
Ι ι
Κ κ
Λ λ
Μ μ
Ν ν
Ξ ξ
Ο ο
Π π
Inicialmente, o alfabeto grego era composto apenas de símbolos maiúsculos. Os minúsculos foram criadas no Período Helenístico e popularizaram-se muito mais tarde. Todas as inscrições eram habitualmente entalhadas em letras maiúsculas, as minúsculas tornaram-se de uso corrente durante a Idade Média, do século VIII em diante. Hoje em dia, no mundo inteiro, as letras do alfabeto grego ainda são muito utilizadas nas ciências, principalmente na Matemática e na Física.
Há um total de vinte e quatro letras (originalmente eram as 22 do alfabeto fenício), sendo que dezessete são consoantes e sete são vogais?... Algumas consoantes: ζ θ ξ φ χ ψ - têm som duplo (ψ = πσ, por exemplo).
Ρ ρ
Σ σ,ς
Τ τ
Υ υ
Φ φ
Χ χ
Ψ ψ
Ω ω


VARIAÇÕES

Algumas letras, como a "sigma", têm variantes no alfabeto grego. Sigma é a letra que representa o nosso S e ela é grafada de maneiras diferentes, dependendo da posição que ela ocupa na palavra:
Sigma inicial (letra maiúscula): utilizada no início da palavra
Sigma inicial ou medial (letra minúscula): utilizada no início e no meio
Sigma terminal: só utilizado no final da palavra
Sigma lunado: pode aparecer em qualquer posição
1.Σ

2.ς?
Quanto aos numerais, desde o século II são utilizadas para a maior parte dos números as próprias letras seguidas de apóstrofo (α' = 1, β' = 2, por exemplo). Há símbolos específicos somente para alguns poucos números, como por exemplo o "sampi": ?' = 900).

Alfabeto Grego
O fator inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, Epsilón, Iota, Omicrón e Ypsilón - ipsilon ou hipsilo (identificadas na cor cinza da tabela).
Curiosidade: Na simbologia, Alfa é a primeira letra do alfabeto grego e Ômega, a última. Por isso, representam o começo e o fim, respectivamente.
N° ordem
Letra maiúscula
Letra minúscula
Nome português
Nome inglês
Letra correspondente
Alfabeto semítico
01°
Alfa
Alpha
a
Aleph
02°
Beta
Beta
b
Beth (b)
03°
Gama
Gamma
g = j
Gimel (g)
04°
Delta
Delta
d
Daleth (d)
05°
Épsilon
Epsilon
e
He (h)
06°
Zeta ou Dzeta
Zeta
z
Zain (dz)
07°
Eta
Eta
e ou h
Heth (h)
08°
Teta
Theta
th = T
Thet (t)
09°
Iota
Iota
i = j
Yodh (y - j)
10°
Capa
Kappa
k = c = qu
Kaph (k)
11°
Lâmbda
Lambda
l
Lamed (l)
12°
Mi ou Miu
Mu ou Mü
m
Mem (m)
13°
Ni ou Niu
Nu ou Nü
n
Nun (n)
14°
Csi ou Qui
Xi
ks = cs = ch
Samekh (s)
15°
Ômicron
Omicron
o
Ain ()
16°
Pi
Pi
p
Pe (p)
17°

Rho
r = rh
Resh (r)
18°
Sigma
Sigma
s
Shin (sh - S)
19°
Tau
Tau
t
Taw (t)
20°
Ypsilon
Upsilon
u = y = i (u francês)
De Wau
21°
Fi
Phi
ph = f
origem incerta
22°
Xi
Chi
kh = x
origem incerta
23°
Psi
Psi
ps
origem incerta
24°
Ômega
Omega
O = w?
origem incerta
Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental Calcídica e a oriental Jônica. O Grego é uma língua das mais flexíveis e harmoniosas de todas as línguas indo-européias. Dividia-se em quatro dialetos muito semelhantes: o ático, o jônico, o dórico e o eólico. Homero escreveu no jônico antigo, Píndaro em dórico e Safo em eólico.
A variante ocidental originou o alfabeto etrusco (relativo à Etrúria ou Tirrênia - Itália antiga) e daí o alfabeto romano. Atenas adotou no ano 403 a.C. a variante oriental dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto.
Já nesta época o grego escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que num princípio a maneira de o escrever era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.

EMISSÕES FILATÉLICAS
Em 1977, a Grécia emitiu um selo (Scott: 1236) que mostra a dispersão dos gregos pelo mundo e a localização do país em seu centro.
Lado esquerdo: The Greek alphabet is very old and it has changed over the centuries. A very early form is known as Linear B from the 13th century b.c. Lado direito: Letters carved into stone are usually quite simple, mostly straight lines as in this fragment of the Acropolis in Athens in the 5th century b.c.
The 11th century manuscript shows the form Greek letters took in manuscripts written on parchment. The text is written in miniscule letters, all lower case, although the title is in majuscules, capital letters. Only later were the upper and lower case letters mixed on a page.
The most recent example is from the 19th century manuscript of the Memoirs of Ioannis Makryiannis (1797-1831). He wrote about his part in the Greek struggle for independence from the Turks in 1821-1830.


Alfabeto Grego

Alfabeto grego

Α α
Β β
Γ γ
Δ δ
Ε ε
Ζ ζ
Η η
Θ θ
Ι ι
Κ κ
Λ λ
Μ μ
Ν ν
Ξ ξ
Ο ο
Π π
Ρ ρ
Σ σ ς
Τ τ
Υ υ
Φ φ
Χ χ
Ψ ψ
Ω ω
Letras obsoletas
Ϻ ϻ
Ϙ ϙ
Ϝ ϝ
Ϡ ϡ
O alfabeto utilizado para escrever a língua grega teve o seu desenvolvimento por volta do século IX a.C., utilizando-se até aos nossos dias, tanto no grego moderno como também na Matemática, Astronomia, etc.
Anteriormente, o alfabeto grego (Ελληνικό αλφάβητο) foi escrito mediante um silabário, utilizado em Creta e zonas da Grécia continental como Micenas ou Pilos entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. e conhecido como linear B. O Grego que reproduz parece uma versão primitiva dos dialectos Arcado-cipriota e Jónico-ático, dos quais provavelmente é antepassado, e é conhecido habitualmente como Micénico.
Crê-se que o alfabeto grego deriva duma variante do semítico, introduzido na Grécia por mercadores fenícios. Dado que o alfabeto semítico não necessita de notar as vogais, ao contrário da língua grega e outras da família indo-europeia, como o latim e em consequência o português, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios sem valor fonético em grego para representar as vogais. Este facto pode considerar-se fundamental e tornou possível a transcrição fonética satisfatória das línguas Europeias.
Letra
Nome
Som
Valor
Alfabeto Semítico
HTML
Α α
Alfa
/a/ /a:/ (a longo ou breve)
1
Aleph (') /a/
α
Β β
Beta
/b/
2
Beth /b/
β
Γ γ
Gama
/g/->/G/ /j/(ga,gue,gui,go,gu)
3
Gimel /g/
γ
Δ δ
Delta
/d/->/D/
4
Daleth /d/
δ
Ε ε
Épsilon
/e/ (e sempre breve)
5
He (h) /h/
ε
F
Digama
/w/->-(a grafia é de dois gamas)
6
Waw (Vav) /w/
Ζ ζ
Zeta
/dz/->/z/ (ds, z italiano)
7
Zain /dz/
ζ
Η η
Eta
/E:/->/i/ (e sempre longo)
8
Heth (h*)
η
Θ θ
Teta
/t_h/->/T/ (za,ce,ci,zo,zu)
9
Thet (t*)
θ
Ι ι
Iota
/i/ -> /i/ /j/
10
Yodh (y) /j/
ι
Κ κ
Capa
/k/
20
Kaph /k/
κ
Λ λ
Lambda
/l/
30
Lamed /l/
λ
Μ μ
Miu
/m/
40
Mem /m/
μ
Ν ν
Niu
/n/
50
Nun /n/
ν
Ξ ξ
Csi
/ks/
60
Samekh (s)
ξ
Ο ο
Ómicron
/o/ (o sempre breve)
70
Ain ()
ο
Π π
Pi
/p/
80
Pe /p/
π
M
San
/ts/
900
Sade (s*) /ts/
Q
Qoppa
/k/
90
Qoph /q/
Ρ ρ

/r/
100
Resh /r/
ρ
Σ σ,ς
Sigma
/s/
200
Shin (sh) /S/
σ
Τ τ
Tau
/t/
300
Taw /t/
τ
Υ υ
Upsilon
/u/->/y/->/i/(u francês ou ü alemão)
400
De Wau
υ
Φ φ
Fi
/p_h/->/f/
500
origem incerta
φ
Χ χ
Chi
/k_h/->/x/
600
origem incerta
χ
Ψ ψ
Psi
/ps/
700
origem incerta
ψ
Ω ω
Omega
/O:/->/o/(o sempre longo)
800
origem incerta
ω
Ϡ, ϡ,
Sampi
/ss/ /ks/
900
origem incerta
Ϡ ϡ
As letras Digamma, San e Qoppa desapareceram do alfabeto nos seus primeiros tempos, antes do denominado período clássico. Dado que a aparição das letras minúsculas é bastante posterior, não existem minúsculas das ditas letras.
Originariamente existiram variantes do alfabeto grego, sendo as mais importantes a ocidental (Calcídica) e a oriental (Jónica). A variante ocidental originou o alfabeto etrusco e daí o alfabeto romano. Atenas adoptou no ano 403 a.C. a variante oriental, dando lugar a que pouco depois desaparecessem as demais formas existentes do alfabeto. Já nesta época o grego escrevia-se da esquerda para a direita, enquanto que a princípio a maneira de o escrever era alternadamente da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, de maneira que se começava pelo lado em que se tinha concluído a linha anterior, invertendo todos os caracteres em dito processo.
O factor inovador introduzido com o alfabeto grego são as vogais. As primeiras vogais foram Alfa, Épsilon, Iota, Ómicron e Upsilon. Se se contempla o processo de criação do alfabeto grego como resultado de um processo dinâmico baseado na adopção de vários alfabetos semíticos através do tempo, encontrando inclusive influências do linear-B, poder-se-ia dar uma explicação mais satisfatória da sua origem do que as teorias que postulam uma adaptação única de um alfabeto determinado num momento dado.
Obtido em "

terça-feira, 10 de julho de 2007

A Filosofia Grega

Filosofia na Grécia Antiga


Filosofia Filosofia Pré-Socrática, Filosofia Clássica, Filosofia Pós-Socrática, Filosofia Medieval, Filosofia Moderna, Filosofia Contemporânea, sofistas, definição, principais filósofos, correntes filosóficas, escolas filosóficas


IntroduçãoA palavra filosofia é de origem grega e significa amor à sabedoria. Ela surge desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma solução para as grandes questões da existência humana. Os pensadores, inseridos num contexto histórico de sua época, buscaram diversos temas para reflexão. A Grécia Antiga é conhecida como o berço dos pensadores, sendo que os sophos ( sábios em grego ) buscaram formular, no século VI a.C., explicações racionais para tudo aquilo que era explicado, até então, através da mitologia.


Os Pré-SocráticosPodemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a idéia de que tudo preexiste a alma, já que esta é imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas, a partir da existência dos átomos.
Período ClássicoOs séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do pensamento. É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates.Os sofistas, entre eles Górgias, Leontinos e Abdera, defendiam uma educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica, os jovens deveriam ser preparados para falar bem ( retórica ), pensar e manifestar suas qualidades artísticas.Sócrates começa a pensar e refletir sobre o homem, buscando entender o funcionamento do Universo dentro de uma concepção científica. Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano. Ele não deixou textos ou outros documentos, desta forma, só podemos conhecer as idéias de Sócrates através dos relatos deixados por Platão. Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as idéias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências. Outro grande sábio desta época foi Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e Sócrates. Foi Aristóteles quem desenvolveu a lógica dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico. A sistematização e os métodos devem ser desenvolvidos para se chegar ao conhecimento pretendido, partindo sempre dos conceitos gerais para os específicos.
Período Pós-SocráticoEstá época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e militar da Grécia.Ceticismo : de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de forma exata e segura.Epicurismo : os epicuristas, seguidores do pensador Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer.Estoicismo : os sábios estóicos como, por exemplo Marco Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o prazer e o sofrimento.

Jogos Olimpícos

Jogos Olimpícos da Grecia



Olimpíadas Origem das Olimpíadas, História dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga, Era Moderna, política e esporte, Jogos de Inverno, Esportes Olímpicos, Brasil nas Olimpíadas.

IntroduçãoA cada quatro anos, atletas de centenas de países se reúnem num país sede para disputarem um conjunto de modalidades esportivas. A própria bandeira olímpica representa essa união de povos e raças, pois é formada por cinco anéis entrelaçados, representando os cinco continentes e suas cores. A paz, a amizade e o bom relacionamento entre os povos são os princípios dos jogos olímpicos.


Origem dos Jogos OlímpicosForam os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 AC, os gregos faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus. Atletas das cidades-estados gregas se reunião na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo ( luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos jogos olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável.No ano de 392 AC, os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.
Jogos Olímpicos da Era ModernaNo ano 1896, os Jogos Olímpicos são retomados em Atenas, por iniciativa do francês Pierre de Fredy , conhecido com o barão de Coubertin. Nesta primeira Olimpíada da Era Moderna, participam 285 atletas de 13 países, disputando provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis. Os vencedores das provas foram premiados com medalhas de ouro e um ramo de oliveira.
Jogos Olímpicos e PolíticaAs Olimpíadas, em função de sua visibilidade na mídia, serviram de palco de manifestações políticas, desvirtuando seu principal objetivo de promover a paz e a amizade entre os povos. Nas Olimpíadas de Berlim (1936), o chanceler alemão Adolf Hitler, movido pela idéia de superioridade da raça ariana, não ficou para a premiação do atleta norte-americano negro Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro. Nas Olimpíadas da Alemanha em Munique (1972), um atentado do grupo terrorista palestino Setembro Negro, matou 11 atletas da delegação de Israel. A partir deste fato, todos os Jogos Olímpicos ganharam uma preocupação com a segurança dos atletas e dos envolvidos nos jogos.
Em plena Guerra Fria, os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos de Moscou (1980) em protesto contra a invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas. Em 1994 é a vez da URSS não participarem das Olimpíadas de Los Angeles, alegando falta de segurança para a delegação de atletas soviéticos.
--------------Vale lembrar: No ano de 2007, teremos, na cidade do Rio de Janeiro, um outro evento esportivo internacional de grande importância: Os Jogos Pan-Americanos.


Deuses Gregos

Zeus


Deuses Gregos.

Mitologia e religião grega, deuses da Grécia Antiga, panteão grego, características e representações.

Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importãncia, considerado a divindade seprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.


Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Grécia Antiga e suas características.
Nome do deuses
O que representava
Zeus rei de todos os deuses.
Ares guerra.Afrodite amor

Hades mortos
Hera protetora das mulheres, do casamento e do nascimeto
Poseidon mares e oceanos
Eros amor, paixão.
Héstia lar.
Apolo luz do Sol, poesia, música,beleza masculina.
Ártemis caça, castidade, animais selvagens e luz .
Deméter colheita, agricultura.
Dionísio festas, vinho.
Hermes mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes.
Hefesto metais, metalurgia, fogo.
Crono tempo.
Gaia planeta terra.



O Escravismo na Grécia Antiga




Escravismo na Grécia Antiga.



História do escravismo na Grécia Antiga, vida dos escravos gregos, origens, situação de vida, trabalho doméstico.
Introdução Geralmente apontamos o lado positivo da civilização grega, destacando o desenvolvimento cultural, político e econômico. A Grécia Antiga é o berço da democracia, das Olimpíadas e da Filosofia. Porém, esta mesma sociedade, que gerou toda esta riqueza cultural, utilizou para diversos fins a mão-de-obra escrava.


Tornando-se um escravoNa Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas. A mais comum era através da captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam o prisioneiro em escravo. Estes, eram vendidos como mercadorias para famílias ou produtores rurais. Em Esparta, por exemplo, cidade voltada para as guerras, o número de escravos era tão grande que a lei permitia aos soldados em formação matarem os escravos nas ruas. Além de ser uma forma de treinar o futuro soldado, controlava o excesso de escravos na cidade (fator de risco de revoltas). Em algumas cidades-estado gregas havia a escravidão por dívidas. Ou seja, uma pessoa devia um valor para outra e, como não podia pagar, transformava-se em escrava do credor por um determinado tempo. Em Atenas, este tipo de escravidão foi extinto somente no século VI a.C, após as reformas sociais promovidas pelo legislador Sólon. O trabalho escravoA mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos. O grande filósofo grego Platão demonstrou esta visão: “É próprio de um homem bem-nascido desprezar o trabalho”. Logo, os cidadãos gregos valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas. Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil, por exemplo, eram executados por escravos. A mão-de-obra escrava também era muito utilizada no meio doméstico. Eles faziam os serviços de limpeza, preparavam a alimentação e até cuidavam dos filhos de seu proprietário. Estes escravos que atuavam dentro do lar possuíam uma condição de vida muito melhor que os outros.

A Arte Grega

Vaso de Pinturas Grego


Arte Grega


Características da arte grega, escultura, pintura, arquitetura na Grécia Antiga, história da arte grega

Introdução Os gregos antigos se destacaram muito no mundo das artes. As esculturas, pinturas e obras de arquitetura impressionam, até os dias de hoje, pela beleza e perfeição.


Os artistas gregos buscavam representar, através das artes, cenas do cotidiano grego, acontecimentos históricos e, principalmente, temas religiosos e mitológicos. As grandes obras de arquitetura como os templos, por exemplo, eram erguidos em homenagem aos deuses gregos.Arquitetura Grega Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico (veja abaixo).A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:1 – Coríntio - pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular.
Pintura Grega A pintura grega também foi muito importante nas artes da Grécia Antiga. Os pintores gregos representavam cenas cotidianas, batalhas, religião, mitologias e outros aspectos da cultura grega. Os vasos, geralmente de cor preta, eram muito utilizados neste tipo de representação artística. Estes artistas também pintavam em paredes, principalmente de templos e palácios.
Escultura GregaAs esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.
Influência na arte romana
Quando dominaram a Grécia, os romanos ficaram tão admirados com a arte grega que buscaram "imitar" o estílo artístico grego. Basta observarmos os detalhes das esculturuas e obras arquitetônicas romanas para percebermos as semelhanças.



Cultura Grega


Cultura Grega.


Aspectos principais da cultura grega: artes plásticas, filosofia, Olimpíadas, teatro, democracia, mitologia e esportes. Influência da cultura da Grécia Antiga no Império Romano e Renascimento Cultural .
A Grécia Antiga é considerada pelos historiadores como uma civilização de grande esplendor cultural. Os gregos desenvolveram a filosofia, as artes, a tecnologia, os esportes e muito mais. Tamanha era a importância desta cultura, que os romanos, ao invadir a Península Balcânica, não resistiram e beberam nesta esplendida fonte cultural. Vejamos os principais elementos da cultura grega.


Artes Plásticas: os gregos eram excelentes escultores, pois buscavam retratar o corpo humano em sua perfeição. Músculos, vestimentas, sentimentos e expressões eram retratados pelos escultores gregos. As artes plásticas da Grécia Antiga influenciaram profundamente a arte romana e renascentista.Filosofia: a cidade de Atenas foi palco de grande desenvolvimento filosófico durante a o Período Clássico da Grécia (século V AC). Os filósofos gregos pensavam e criavam teorias para explicar a complexa existência humana, os comportamentos e sentimentos. Podemos destacar como principais filósofos gregos Platão e Sócrates.Esportes: foram os gregos que desenvolveram os Jogos Olímpicos. Aconteciam de quatro em quatro anos na cidade grega de Olímpia. Era uma homenagem aos deuses, principalmente a Zeus (deus dos deuses). Atletas de diversas cidades gregas se reuniam para disputarem esportes como, por exemplo, natação, corrida, arremesso de disco entre outros. Os vencedores das Olimpíadas eram recebidos em suas cidades como verdadeiros heróis.Mitologia: para explicarem as coisas do mundo e transmitirem conhecimentos populares, os gregos criaram vários mitos e lendas. As estórias eram transmitidas oralmente de geração para geração. A mitologia grega era repleta de monstros, heróis, deuses e outras figuras mitológicas. Os mitos mais conhecidos são: Minotauro, Cavalo de Tróia, Medusa e Os Doze trabalhos de Hércules.Teatro: os gregos eram apaixonados pelo teatro. As peças eram apresentadas em anfiteatros ao ar livre e os atores representavam usando máscaras. As comédias, dramas e sátiras retravam, principalmente, o comportamento e os conflitos do ser humano. Ésquilo e Sófocles foram os dois mais importantes escritores de peças de teatro da Grécia Antiga.Democracia: a cidade de Atenas é considerada o berço da democracia. Os cidadãos atenienses (homens, nascidos na cidade, adultos e livres) eram aqueles que podiam participar das votações que ocorriam na Agora (praça pública). Decidiam, de forma direta, os rumos da cidade-estado.




Teatro Grego

Ruinas do Teotro Grego
O Teatro Grego


Origem do teatro grego, máscaras, tragédias, comédias, dramaturgos gregos, temas das peças teatr

Um dos aspectos mais significativos da cultura grega antiga foi o teatro. Os gregos o desenvolveram de tal forma que até os dias atuais, artistas, dramaturgos e demais envolvidos nas artes cênicas sofrem a influência suas influências. Diversas peças teatrais criadas na Grécia Antiga são até hoje encenadas.

O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta festa começou a ganhar uma certa organização, sendo representada para diversas pessoas.Durante o período clássico da história da Grécia (século V AC) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância desta época. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram representados nos teatros gregos desta época.Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira.Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação.Os temas mais representados nas peças teatrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aos deuses gregos, fatos heróicos e críticas humorísticas aos políticos. Os atores, além das máscaras, utilizam muito os recursos da mímica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um coral.


A História de Atenas

foto da acrópole de Atenas







História de AtenasCivilização e sociedade ateniense, deusa Atenas, Guerra do Peloponeso, Atenas e Esparta, democracia ateniense, teatro grego, arte ateniense, filosofia.
Acrópole de Atenas e o Partenon
Introdução Por volta dos anos 500 e 400 AC, esta cidade, fundada há mais de 3.000 anos, era a mais próspera da Grécia Antiga e possuía um poderoso líder: Péricles. Nesta fase, a divisão hierárquica seguia a seguinte ordem: nobres, homens livres e uma grande quantidade de escravos que realizavam trabalhos como mercadores, carpinteiros, professores e marceneiros.


Por ser uma cidade bem sucedida e comercial, Atenas despertou a cobiça de muitas cidades gregas. Esparta se uniu a outras cidades gregas para atacar Atenas. A Guerra do Peloponeso (403 a 362 aC) durou 41 anos e Esparta venceu, tomando a capital grega para si, que, a propósito, continuou riquíssima culturalmente. Toda esta riqueza cultural conquistou os espartanos vencedores.
Alguns dos maiores nomes do mundo viveram nesta região repleta de escritores, pensadores e escultores, entre eles estão: os autores de peças de teatro Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes e também os grandes filósofos Platão e Sócrates.


Atenas destacou-se muito pela preocupação com o desenvolvimento artístico e cultura de seu povo, desenvolvendo uma civilização de forte brilho intelectual. Na arquitetura destacam-se os lindos templos erguidos em homenagens aos deuses, principalmente a deusa Atena, protetora da cidade.


A democracia ateniense privilegiava apenas seus cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade) com o direito de participar ativamente da Assembléia e também de fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares.
Tanto Esparta quanto Atenas, eram cidades evoluídas e, em pleno século VI AC, a forma de governo em ambas era democrática. Hoje em dia esta cidade tem mais de dois milhões e meio de habitantes, e, embora tenha inúmeras construções modernas, continua com suas ruínas que remetem aos tempos antigos.

A História da Grécia Antiga

mapada Grécia Antiga


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Ruínas de um teatro grego
Introdução A civilização grega surgiu entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâneo, por volta de 2000 AC. Formou-se após a migração de tribos nômades de origem indo-européia, como, por exemplo, aqueus, jônios, eólios e dórios. As pólis (cidades-estado), forma que caracteriza a vida política dos gregos, surgiram por volta do século VIII a.C. As duas pólis mais importantes da Grécia foram: Esparta e Atenas.

Expansão do povo grego (diáspora)
Por volta dos séculos VII a.C e V a.C. acontecem várias migrações de povos gregos a vários pontos do Mar Mediterrâneo, como conseqüência do grande crescimento populacional, dos conflitos internos e da necessidade de novos territórios para a prática da agricultura. Na região da Trácia, os gregos fundam colônias, na parte sul da península Itálica e na região da Ásia Menor (Turquia atual). Os conflitos e desentendimentos entre as colônias da Ásia Menor e o Império Persa ocasiona as famosas Guerras Médicas ou Púnicas (492 a.C.-448 a.C.), onde os gregos saem vitoriosos.Esparta e Atenas envolvem-se na Guerra do Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.), vencida por Esparta. No ano de 359 a.C., as pólis gregas são dominadas e controladas pelos Macedônios.
Sociedade da Grécia Antiga A economia dos gregos baseava-se no cultivo de oliveiras, trigo e vinhedos. O artesanato grego, com destaque para a cerâmica, teve grande a aceitação no Mar Mediterrâneo. As ânforas gregas transportavam vinhos, azeites e perfumes para os quatro cantos da península. Com o comércio marítimo os gregos alcançaram grande desenvolvimento, chegando até mesmo a cunhar moedas de metal. Os escravos, devedores ou prisioneiros de guerras foram utilizados como mão-de-obra na Grécia. Cada cidade-estado tinha sua própria forma político-administrativa, organização social e deuses protetores.
Cultura e religião Foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período.
A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Poesia, a história , artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega.
A religião politeísta grega era marcada por uma forte marca humanista. Os deuses possuíam características humanas e de deuses. Os heróis (semi-deuses) eram os filhos de deuses com mortais. Zeus, deus dos deuses, comandava todos os demais do topo do monte Olimpo. Podemos destacar outros deuses gregos : Atena (deusa das artes), Apolo (deus do Sol), Ártemis (deusa da caça e protetora das cidades), Afrodite (deusa do amor e da beleza), Démeter (deusa das colheitas), Hermes (mensageiro dos deuses) entre outros. A mitologia grega também era muito importante na vida desta civilização, pois através dos mitos e lendas os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos importantes.
Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas. As decisões políticas, principalmente em Atenas, cidade onde surgiu a democracia grega, eram tomadas na Ágora (espaço público de debate político).

História de Esparta

História de Esparta Conheça a história de Esparta, cidade-estado grega, os espartanos, educação espartana, política, religião, cultura, sociedade, guerras com Atenas, Guerras Púnicas
Estatueta de um Guerreiro Espartano
Esparta foi uma das principais polis (cidades-estado) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar.A cidade de Esparta foi fundada no século IX a C pelo povo dório que penetrou pela península em busca de terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de seu território através de guerras. No final do século VIII aC, os espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes, Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.


O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Púnicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Púnicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.Sociedade EspartanaEm Esparta a sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.Educação EspartanaO princípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.Política EspartanaReis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembléia. Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.Religião EspartanaAssim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.

Família real de Tróia

HECUBA , a rainha de Tróia, teve um filho que se chamaria Alexandre, mas Príamo , o rei, dava atenção às visões premonitórias de sua jovem filha, Cassandra , que diz que se o bebê não fosse morto Tróia seria destruída pelo fogo. Então Príamo ordena para um serviçal atirar a criança do alto de uma montanha. O encarregado de cumprir a ordem real não tem coragem de matar o bebê e o abandona. Um pastor acolhe o bebê, o chama de Páris e o cria como se fosse seu. Os anos se passam e Páris se torna um belo jovem, que cuida de um rebanho de cabras. Um dia ele tenta recuperar um cabrito, que foi na verdade manipulado por três deusas: Hera , Atena e Afrodite . Elas disputavam entre si qual delas seria a mais bela e escolheram Páris como juiz. Hera lhe prometeu riquezas inimagináveis se fosse a escolhida, já Atena disse que lhe daria vitórias para sempre e Afrodite lhe promete a mulher mais bela do mundo, Helena , fazendo com que Páris tenha uma visão dela. Paralelamente Helena, uma princesa de Esparta, tem uma visão de Páris. Logo depois ela estava conhecendo o rei de Micenas, Atreu , e seus filhos, os príncipes Agamenon e Menelau , pois o primeiro fora até lá para desposar Clitemnestra , sua prometida e filha de Tíndaro, rei de Esparta e irmã de Helena. Helena acha tudo estranho, pois não quer ser prometida para nenhum príncipe e sonha se casar com o homem com quem teve uma visão. Durante as bodas de Clitemnestra e Agamenon, Helena se ausenta por um instante, pois se incomodou com o jeito que Agamenon e Menelau olhavam para ela. Ela é então seqüestrada por Tiseu , rei de Atenas e um amigo. Helena não sabia, mas isto era o início do fim de uma cidade que ela não conhecia ainda: Tróia.

Guerra de Tróia

A Guerra de Tróia
A guerra começou quando três Deusas ( Hera, Afrodite e Atena ) discutiram sobre quem era a mais bela. Realizou-se então um concurso de beleza em que Páris de Tróia serviu de juiz. As três Deusas tentaram suborná-lo, mas Afrodite ganhou por lhe ter prometido a mais bela mulher do mundo, promessa na qual obrigou-a a ajudar Páris no rapto da bela Helena, mulher de Menelau, rei de Esparta.
Quando os gregos velejaram para Tróia a fim de recuperar Helena, os outros Deuses tomaram partido. Zeus tentou afastar os Deuses da guerra, mas Hera, que estava do lado dos gregos, usou perfumes para fazer Zeus adormecer. Quando Zeus acordou, os troianos já haviam sofrido pesadas baixas.
A luta em torno dos muros de Tróia durou 10 anos. A Ilíada se desenrola apenas nas seis semana do último ano da guerra. Mas o poema é uma história empolgante, vibrando ao choque dos homens armados e em combates. A Ilíada serviu de documento religioso para os gregos recém-saídos da Idade Negra, um documento que fixou a natureza da família olímpica ( os Deuses ). Para todos os tempos é uma grande tragédia, a história de um grande homem a quem o orgulho e a cólera rebaixam.
Aquiles, a figura central do poema, depois de uma discussão com Agamémnon, fica furioso e ofendido e se retira magoado para a sua tenda, enquanto os troianos sob o comando de Heitor, filho de Príamo, rei de Tróia, afastam os gregos das muralhas da cidade.
Quando Pátroclo morre, Aquiles reaparece para comandar os invasores de volta a Tróia, onde mata Heitor. Aquiles, levado à compaixão por mediação dos Deuses, entrega o corpo de Heitor a Príamo, para que ele seja sepultado com as honras de um herói.
Os gregos venceram a guerra com um famoso truque, deram a Tróia um presente (um cavalo de madeira dentro do qual se escondiam gregos). Enquanto os troianos dormiam, os gregos saíram do cavalo e abriram as portas da cidade para o restante do exército.
Vitoriosos, os gregos uniram de novo Helena a Menelau, e todos voltaram para casa. Porém um deles, Ulisses, que tivera a idéia do cavalo de madeira, demorou 10 anos para chegar em casa, o que resultou no segundo grande poema de Homero, a Odisséia.
Ulisses chegou à Terra dos comedores de Lótus e depois viu-se preso na caverna dos Ciclopes; correu perigo com a feiticeira Circe, que transformou os homens de Ulisses em porcos e depois mandou Ulisses às portas do Hades, onde ele conversou com seus amigos mortos na guerra de Tróia. Mas por fim conseguiu chegar a casa a tempo de matar os homens que se banqueteavam com os seus bens enquanto cortejavam a sua suposta viúva, a fiel Penélope.

Guerra de Tróia

A Guerra de Tróia
A Expedição Parte

A Ira de Aquiles

A Guerra de Tróia realmente aconteceu? A extensão do apelo que a estória tem exercido sobre sucessivas gerações é demonstrada pelos esforços de incontáveis historiadores, arqueólogos e românticos entusiastas para estabelecer a base histórica para a guerra de Tróia. Atualmente, é geralmente aceito que o local foi corretamente identificado no final do século XIX por Heinrich Schliemann no monte Hissarlik, na planície dos Dardanelos, na costa noroeste da Turquia. Entretanto, a afirmação de Schliemann de ter descoberto a Tróia da guerra de Tróia é nos dias de hoje largamente desacreditada. O monte Hissarlik contém numerosos níveis sucessivos de habitação, e foi num dos mais recentes que Schliemann afirmava ter descoberto o maravilhoso tesouro: esta posição é agora considerada como sendo nova demais da ordem de mil anos, para ter sido destruída pelos gregos dos palácios de Micenas do continente grego. Estes podem ter sido o instrumento de destruição de um dos mais antigos níveis de Hissarlik, o qual parece ter sido queimado até o chão, possivelmente após um cerco, ao redor do período correto (por volta de 1200 a.C.). Esta Tróia mais antiga apresentava características bastante humildes, mas na sua destruição deve estar a semente da realidade histórica ao redor da qual a lenda surgiu. Entretanto, o desenvolvimento da lenda permanece um mistério com poucas possibilidades de ser solucionado pelos arqueólogos, assim então não havendo perigo que o romântico enigma de Tróia seja destruído.
Seja qual for a base histórica, a guerra de Tróia é o episódio isolado mais importante, ou complexo de episódios, que sobreviveram na mitologia e nas lendas gregas. Os eventos que causaram a guerra e aqueles que se seguiram estão combinados num grupo de estórias conhecidas como o Ciclo Troiano: algumas são conhecidas a partir dos dois grandes poemas Homéricos, a Ilíada e a Odisséia, mas outras partes da estória devem ser reunidas de numerosas outras fontes, indo desde os dramaturgos gregos do século V a.C., até autores romanos mais recentes. A estória como um todo pode ser comparada a uma ópera wagneriana na sua riqueza e complexidade ao entrelaçar personagens e temas; é bastante romântica e de grande apelo humano, pois, como todos os mitos gregos, trata-se da estória fundamental do homem e sua luta para existir em face do destino e dos deuses.
Um dos primeiros elos da cadeia de eventos que formaram o prelúdio da guerra de Tróia foi forjado por Prometeu, o grande benfeitor da humanidade. Prometeu, um primo de Zeus, tinha dado o fogo aos homens, um elemento cujos benefícios tinham tão-somente sido desfrutados pelos deuses. Tinha também ensinado os homens para oferecer aos deuses apenas a gordura e os ossos em sacrifícios de animais, mantendo as melhores partes para eles próprios. Para punir Prometeu, Zeus o acorrentou num alto penhasco nas montanhas e diariamente enviava uma águia para comer seu fígado, o qual voltava a crescer à noite.
De acordo com algumas fontes, Prometeu acabou sendo libertado por Hércules, mas outras dizem que foi libertado por Zeus, quando finalmente concordou em contar-lhe um importante segredo. Este segredo relacionava-se à ninfa do mar Tétis, que era tão bela que contava com vários deuses entre seus admiradores, incluindo Posídon e o próprio Zeus; entretanto uma profecia conhecida apenas por Prometeu predisse que o filho de Tétis estava destinado a ser mais importante que seu pai. Ao saber disso, Zeus rapidamente abandonou a idéia de ser o pai de um filho de Tétis, decidindo, ao invés, que deveria se casar com o mortal Peleu; o filho nascido deles seria Aquiles, o maior dos heróis gregos em Tróia.
Tétis inicialmente resistiu aos avanços de Peleu, assumindo a forma de fogo, serpentes, monstros e outras formas, mas ele a segurava fortemente apesar de todas as suas transformações, acabando por se submeter. Todos os deuses e deusas do Olimpo, menos uma, foram convidados para o magnífico casamento de Peleu e Tétis; no meio da festa, Éris, a única deusa que não tinha sido convidada, entrou abruptamente no local e atirou entre os convidados o Pomo da Discórdia, com a inscrição "a mais formosa". Esta maça foi requisitada por três deusas, Hera, Atena e Afrodite. Como elas não conseguiram chegar a um acordo, e Zeus estava compreensivelmente relutante em resolver a disputa, enviou as deusas para terem suas belezas julgadas pelo pastor Páris, no Monte Ida, fora da cidade de Tróia, na orla oriental do Mediterrâneo.
Páris era filho de Príamo, rei de Tróia, mas quando a esposa de Príamo, Hécuba, estava grávida de Páris, sonhou que estava dando à luz a uma tocha donde surgiam serpentes sibilantes, assim, quando o bebê nasceu, foi entregue a uma criada com ordens de levá-lo ao Monte Ida e matá-lo. A criada, entretanto, ao invés de matá-lo, simplesmente o deixou na montanha para morrer; ele foi salvo por pastores, sendo criado para também se transformar em um deles. Enquanto Páris estava vigiando seu rebanho, Hermes levou as três deusas para que as julgasse. Cada uma ofereceu uma recompensa se fosse a escolhida; Hera ofereceu riqueza e poder, Atena ofereceu habilidade militar e sabedoria e Afrodite ofereceu o amor da mais bela mulher do mundo. Conferindo a vitória a Afrodite, acabou incorrendo na ira das outras duas, as quais se tornaram daí para a frente inimigas implacáveis de Tróia. Logo depois, Páris retornou por acaso a Tróia, onde sua habilidade nas competições atléticas e sua surpreendente bela aparência causaram interesse nos seus pais, que rapidamente estabeleceram sua identidade e o receberam de volta com entusiasmo.
A mais bela mulher do mundo era Helena, a filha de Zeus e Leda. Muitos reis e nobres desejaram desposá-la, e antes que seu pai mortal, Tíndaro, anunciasse o nome do feliz escolhido, fez todos jurarem respeitar a escolha de Helena e virem em ajuda de seu marido se fosse raptada. Helena casou com Menelau, rei de Esparta, e na época que Páris veio visitá-los tinham uma filha, Hermíone. Menelau recebeu Páris muito bem em sua casa, mas Páris pagou esta hospitalidade raptando Helena e fugindo com ela de volta a Tróia. A participação de Helena nesta situação é explicada de diferentes maneiras nas várias fontes: foi raptada contra a sua vontade, ou Afrodite deixou-a louca de desejo por Páris ou, a mais elaborada de todas, nunca foi para Tróia, e foi por causa de um fantasma que os gregos gastaram dez longos anos em guerra.
A Expedição Parte
Menelau convocou todos os outros pretendentes anteriores de Helena, e todos os outros reis e nobres da Grécia, para ajudá-lo a montar uma expedição contra Tróia, de modo a recobrar sua esposa. O líder da força grega era Agamenon, rei de Micenas e irmão mais velho de Menelau. Os heróis gregos afluíram de todos os cantos do continente e das ilhas para o porto de Áulis, o ponto de reunião a partir do qual planejavam velejar através do Egeu até Tróia. Suas origens e os nomes de seus líderes estão listados no grande Catálogo de Navios próximo ao início da Ilíada.
"As tribos (de guerreiros) vieram como as incontáveis revoadas de pássaros - garças azuis ou cisnes de longos pescoços - que se reúnem nas campinas da Ásia nas correntes de Cayster, e movimentando-se com gritos agudos ao chegarem ao chão, numa frente avançada. Assim, tribo após tribo surgiram de barcos e cabanas... inumeráveis como as folhas e flores em suas estações".
Alguns dos heróis viera a Áulis mais facilmente do que outros. Ulisses, rei de Ítaca, conhecia a profecia que se fosse a Tróia não retornaria por vinte anos, e então fingiu loucura quando o mensageiro Palamedes chegou para convocá-lo, atrelando duas mulas a um arado e movendo-as para cima e para baixo na praia; mas a farsa de Ulisses foi revelada quando Palamedes colocou o filho pequeno de Ulisses, Telêmaco, na frente das mulas, e Ulisses imediatamente voltou ao normal. Os pais de Aquiles, Peleu e Tétis, estavam relutantes em deixar seu jovem filho se juntar à expedição, pois eles sabiam estar predestinado que se fosse morreria em Tróia. Numa tentativa de evitar o destino, o enviaram para Ciros, onde, disfarçado como uma moça, se juntou às filhas do rei, Licomedes. Durante esta estada se casou com uma das filhas, Deidaméia, que lhe deu um filho, Neoptólemo.
Ulisses, entretanto, descobriu que os gregos nunca conseguiriam capturar Tróia sem a ajuda de Aquiles; assim foi até Ciros para buscá-lo. De acordo com uma das versões da estória, Ulisses disfarçou-se de mascate, conseguiu entrar no palácio e espalhou suas mercadorias à frente das mulheres; entre as jóias e os tecidos havia armas às quais o jovem Aquiles demonstrou um interesse revelador. Outra fonte descreve como Ulisses arranjou para que soasse uma trombeta nos aposentos das mulheres: enquanto as filhas genuínas se espalhavam em confusão, Aquiles ficou no seu lugar e empunhou suas armas. Tendo abandonado seu disfarce, Aquiles foi facilmente persuadido a acompanhar Ulisses de volta a Áulis, onde a frota estava se preparando para zarpar.
A grande força grega, cujos maiores heróis eram Agamenon, Menelau, Ulisses, Ájax, Diomedes e Aquiles, estava pronta para partir, mas o vento teimosamente ficou contra eles. Eventualmente, o profeta Calcas revelou que a deusa Ártemis exigia o sacrifício da filha de Agamenon, Ifigênia, antes que o vento mudasse. Agamenon ficou horrorizado pela profecia, mas a opinião pública o obrigou a obedecer: Ifigênia, chamada sob o pretexto de casar com Aquiles, foi, ao contrário, morta sobre o altar. Algumas fontes dizem que Ártemis ficou com pena dela no último momento e a substituiu por um cervo; de qualquer maneira, o vento mudou de direção e os barcos zarparam.
A Ira de Aquiles
Algumas vezes se considera que a Ilíada é a estória da guerra de Tróia. De fato, apesar de ela se estender largamente sobre toda a estória, seu objetivo ostensivo, como anunciado nas primeiras linhas, é mais restrito:
"Canto de ira, deusa, a destruidora ira de Aquiles, filho de Peleu, que trouxe incontáveis dores aos Aqueus, e mandou muitas almas valiosas de heróis a Hades, enquanto seus corpos serviam de alimento para os cães e pássaros, e a vontade de Zeus foi feita... "
A estória da Ilíada é, então, a estória de Aquiles, e sua disputa com Agamenon. Ao início da Ilíada os gregos já estavam em Tróia por nove anos. Eles tinham saqueado uma grande parte dos campos ao redor e tinham escaramuças esporádicas com quaisquer troianos que saíssem de trás de suas maciças fortificações. Os gregos estavam ficando cansados da campanha e irritados por sua falta de habilidade em conseguir uma vitória decisiva sobre a própria Tróia, quando Aquiles se desentendeu com Agamenon sobre um assunto de honra.
Agamenon, como parte do saque de um ataque o qual Aquiles desempenhou a parte principal, recebeu uma moça chamada Criseida, filha de Crisos, sacerdote de Apolo. Crisos ofereceu a Agamenon um bom resgate para a libertação da moça, porém Agamenon se recusou a libertá-la. Assim Crisos orou a Apolo, que mandou uma praga sobre o acampamento grego, e o profeta Calcas revelou que esta seria retirada apenas se Agamenon devolvesse Criseida. Aquiles estava completamente a favor de fazer isso, mas Agamenon estava relutante. Eles discutiram, e Agamenon acabou por concordar a fazer o que estava sendo ordenado, mas para reafirmar sua autoridade sobre Aquiles da maneira mais insultuosa que podia, e simultaneamente compensar-se pela perda de Criseida (a qual ele declarou preferir à sua própria esposa Clitemnestra), tomou Aquiles sua escrava, Briseida. Aquiles ficou justificadamente enraivecido. Não apenas foi um insulto à sua honra, mas também foi grandemente injusto, pois ele, Aquiles, tinha conduzido a maior parte da luta necessária a produzir os tesouros e o saque que Agamenon considerava no direito de usufruir. Assim, Aquiles se retirou para sua tenda, e não tomou mais parte nos combates ou nas reuniões do conselho. A luta se tornou mais dura, com ataques mais diretos feitos a Tróia e aos troianos. Mas os gregos estavam numa situação difícil sem seu maior guerreiro, e mesmo Agamenon tentou fazer contatos com Aquiles, oferecendo-lhe riquezas de todos os tipos, justamente com a devolução de Briseida. Aquiles, entretanto, rejeitou todos os apelos, declarando mesmo que se as ofertas de Agamenon fossem "tantas como os grãos de areia ou as partículas de pó" nunca se curvaria.
Nesta ocasião, Ulisses e Diomedes empreenderam uma expedição noturna para espionar os troianos. Não sabendo disso, um troiano de nome Dolon estava tentando fazer a mesma coisa: os gregos o surpreenderam e o forçaram a contar as disposições do acampamento troiano. Seguindo sua orientação, terminaram sua expedição noturna com um ataque ao acampamento de Reso, rei da Trácia, em cujos belos cavalos escaparam de volta para o acampamento grego.
Apesar do sucesso desta temerária ação, o geral da luta os gregos estavam sendo empurrados de volta a seus navios pelos troianos e estavam ficando desesperados, quando o amigo de Aquiles, Pátroclo, veio até ele e rogou a permissão de liderar as tropas de Aquiles, os Mirmidões, em batalha. Pediu também se poderia emprestar a armadura de Aquiles, de modo a espalhar o terror nas linhas troianas, que poderiam tomá-lo por Aquiles. Aquiles concordou, e Pátroclo foi e lutou longa e gloriosamente, antes de, previsivelmente, ser morto por Heitor, filho de Príamo e o melhor guerreiro do lado troiano.
Aquiles foi tomado pela dor. Sua mãe, a ninfa do mar Tétis, veio até ele e prometeu-lhe uma nova armadura para substituir a que tinha sido perdida com Pátroclo. A nova armadura, feita pelo deus-ferreiro Hefesto, incluía um bonito escudo coberto com cenas figuradas, cidades em guerra e em paz, cenas da vida rural com rebanhos, pastores e danças rústicas, e ao redor da borda do escudo corria o Rio de Oceano. Aquiles e Agamenon se reconciliaram e Aquiles retornou ao campo de batalha, onde matou um troiano após outro com sua lança "como um vento impetuoso que revolve as chamas, quando um incêndio grassa nas ravinas das bases secas pelo sol das montanhas, e a grande floresta é consumida". Após ter matado muitos troianos e sobreviventes mesmo ao ataque do Rio Escamandro, o qual tentou afogá-lo nas suas grandes ondas, Aquiles estava finalmente pronto a enfrentar seu principal adversário, Heitor.
O restante dos troianos tinha fugido da matança de Aquiles e buscado refúgio atrás de suas muralhas, mas Heitor permaneceu fora dos portões, deliberadamente esperando pelo duelo que sabia ter que enfrentar. Mas quando Aquiles finalmente surgiu, Heitor foi tomado de compreensível terror e virou-se para fugir. Percorreram três voltas ao redor das muralhas de Tróia antes que Heitor parasse e destemidamente enfrentasse seu bravo oponente. A lança de Aquiles alojou-se na garganta de Heitor, caindo este ao chão. Mal podendo falar, Heitor pediu a Aquiles que permitisse que seu corpo fosse resgatado após sua morte, mas Aquiles, furioso com o homem que tinha morto Pátroclo, negou seu apelo e começou a sujeitar seu corpo a grandes indignidades. Primeiro o arrastou pelos calcanhares atrás de sua carruagem, ao redor das muralhas da cidade, para que toda Tróia pudesse ver. A seguir levou o corpo de volta ao acampamento grego, onde este ficou jogado sem cuidados em suas choupanas.
Aquiles preparou então um elaborado funeral para Pátroclo. Uma grande pira foi construída; sobre ela várias ovelhas e bois foram sacrificados e suas carcaças empilhadas ao lado do corpo do herói morto. Jarros de mel e óleo foram adicionados à pira, a seguir quatro cavalos e dois dos cachorros de Pátroclo. Doze prisioneiros troianos mortos sobre a pira, a qual então foi deixada acesa. Ardeu toda a noite, e durante toda a noite Aquiles colocou libações com vinho e pranteou Pátroclo bem alto. Nos dia seguinte os ossos de Pátroclo foram coletados e colocados numa urna dourada, e um grande monte foi erguido no local da pira. Jogos funerários com prêmios magníficos foram feitos, com competições entre carruagens, luta de boxe, pugilato, corridas, lutas armadas, arremesso do disco e tiros com arco e flecha. E todo o dia ao amanhecer, por doze dias. Aquiles arrastou o corpo de Heitor três vezes ao redor do monte, até que mesmo os deuses, que tinham previsto e arranjado tudo isso, ficaram chocados; Zeus enviou Íris, mensageiro dos deuses, para Tróia em visita a Príamo e o instruiu a ir secretamente ao acampamento troiano com um bom resgate, que Aquiles aceitaria em troca da libertação do corpo do filho de Príamo.
Assim Príamo, escoltado por um simples mensageiro, se dirigiu ao acampamento grego, sendo encontrado ao escurecer, quando se aproximava dos navios gregos, por Hermes disfarçado como um seguidor de Aquiles. Hermes guiou Príamo pelo acampamento grego, de modo que chegou sem ser percebido à tenda de Aquiles. Príamo entrou diretamente e jogou-se aos pés de Aquiles: ele pediu que o herói pensasse no seu próprio pai Peleu e tivesse mercê com um pai que tinha perdido tantos de seus bons filhos nas mãos dos gregos; pediu que fosse permitido levar o corpo de seu maior filho de volta a Tróia com ele, de modo que pudesse ser adequadamente pranteado e enterrado pelos seus parentes. Aquiles ficou tocado pelo apelo; choraram juntos, e o pedido de Príamo foi aceito. Assim, o corpo de Heitor foi devolvido a Tróia, onde foi velado e sepultado com os ritos adequados.
Aqui acaba a Ilíada mas não é de forma nenhuma o fim da estória de Tróia. O restante da estória é recontada parcialmente na Odisséia e em parte pelos dramaturgos, mas também por autores romanos posteriores, principalmente Cirílico na Emelia e por uma miscelânea de poetas como Quintus de Smirna. Após a morte de Heitor, uma grande número de aliados vieram auxiliar os troianos, incluindo as Amazonas com sua rainha, Pentesiléia, e os Etíopes liderados por Mêmnon, um filho de Éos, deusa da aurora. Tanto Pentesiléia como Mêmnon foram mortos por Aquiles. Mas Aquiles sempre soube que estava destinado a morrer em Tróia, longe de sua terra natal, onde acabou sendo morto por uma flecha, lançada pelo arco de Páris. A mãe de Aquiles, Tétis, quis tornar seu filho imortal, e, quando este era ainda um bebê, levou-o ao Mundo Inferior e o imergiu nas águas do rio Estige; isto tornou seu corpo imune aos ferimentos, exceto pelo calcanhar, o qual ela utilizou para segurá-lo, sendo lá que a flecha o acertou.

A Nova Tróia.

Eneias ou Enéias (latim Æneas, do grego Αινείας) foi um chefe troiano, filho de Anquises e de Afrodite (a romana Vénus). Na Guerra de Tróia lutou valorosamente, e tornou-se o mais importante chefe Troiano após a morte de Heitor. Era casado com Creúsa, filha do rei Príamo. Tinha um filho, Iulo (na literatura romana Ascânio)

[editar] Mito
Na tomada de Tróia, a mãe aconselha-o a deixar a sua pátria juntamente com o seu pai e o seu filho, Iulo/Ascânio, pois estava-lhe reservado um destino mais glorioso: Tróia reviveria na sua descendência. Levou o velho pai às costas, o filho Ascânio pela mão e a mulher Creúsa ia atrás dele. A sua mãe divina ajudou-os a sair da cidade em segurança. Mas algures pelo caminho Creúsa desapareceu. Mais tarde apareceu a Eneias e disse-lhe que tinha sido raptada por Cibele. Levou ainda os Penates troianos, divindades que protegiam o Estado, os governos e as instituições que regem um e o outro para assim fundar uma nova cidade.
Foge então de Tróia Eterna, que ardia em chamas, e vagueia pelo Mar Mediterrâneo em busca de uma nova pátria. Os Troianos pedem então conselho a Apolo, que os manda ir para a terra de onde era originário o seu primeiro antepassado. Anquises, douto nessa matéria, afirmava que em dias muito remotos, antes do Rei Trós fundar a cidade de Tróia, vivia na Frígia um rei chamado Teucro, cuja filha, Bátia, se casara com Dárdano, pai de Trós. Acreditavam que Teucro viera da ilha de Creta.
Puseram-se então a caminho. Ao terceiro dia aportaram em Creta, onde começaram imediatamente a construir uma cidade a que Eneias chamou Pérgamo. Lavraram a terra e semearam-na, e parecia que tudo ia correr bem, mas, inesperadamente, todo o seu trabalho foi destruído. Uma terrível seca arruinou as colheitas e desencadeou uma epidemia que se alastrou entre os troianos. Anquises interpretou isto como um sinal evidente da desaprovação divina, e aconselhou Eneias a voltar ao templo de Apolo, na Ilha de Delos, para receber novas instruções do oráculo. Na véspera da partida, os numes tutelares apareceram a Eneias e disseram-lhe que ele deveria ir para o local de origem de Dárdano, antes chamado Hespéria, agora Itália. Contando isto ao pai, Anquises lembrou-se que Cassandra profetizara que uma nova Tróia erguer-se-ía na Hespéria. Mas, claro, todos acharam que ela estava louca.
Puseram-se de novo a caminho. Os Troianos encontraram-se com a Harpías, mas, ao contrário dos Argonautas, fugiram delas. Chegaram a Épiro, terras onde se tinham estabelecido Heleno e Andrómaca. Heleno disse-lhe o que ia acontecer e o que ele deveria fazer.
A seguir estiveram na ilha do ciclope Polifemo, e salvaram um homem, Aqueménides, que fora deixado para trás pelos Argonautas. Anquises, já velho, morreu antes de deixarem a Sicília.
Depois de muito tempo aporta em Cartago e, por artimanhas de Vénus e Cupido, torna-se amante de Dido, rainha e fundadora da cidade africana. Primeiro tinha sido Hera quem queria isto, para Eneias ficar com Dido e não chegar a Itália, mas Afrodite viu que o amor da rainha podia ser proveitoso para Eneias.
Porém não era ainda esse o seu destino final. Hermes, enviado por Zeus, pergunta-lhe por que estava ele construindo uma cidade que não seria do seu filho, para a sua descendência. Eneias fugira de Tróia para não se submeter aos gregos e estava agora a submeter-se a Dido e seus conterrâneos! Adverte-o, então, para que deixe Cartago e funde uma cidade e um reino para os seus. Ao deixar a cidade, mesmo a contragosto, vê Dido, extremamente apaixonada, suicidar-se numa pira funerária que tinha mandado fazer na sua fortaleza.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Plano de Tróia
A guerra de Tróia foi um episódio sangrento da antigüidade, que teve lugar muito provavelmente entre 1300 a.C. e 1200 a.C, que culminou com a destruição da cidade de Tróia e facilitou o fim da Idade do Bronze no Mediterrâneo. A causa daquele conflito de mais dez anos foi o rapto de Helena de Tróia por Páris, príncipe de Tróia. Segundo a mitologia, a cidade de Tróia acabou por ser tomada após um longo cerco através do uso do Cavalo de Tróia.
Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um fato histórico, ocorrido no período micênico, mas durante séculos os estudiosos tiveram dúvidas se ela de fato ocorreu. Até a descoberta do sítio arqueológico na Turquia acreditava-se que Tróia era uma cidade mitológica.
A Ilíada, de Homero, descreve os acontecimentos finais da guerra, que incluem as mortes de Pátroclo, Heitor e Ajax que se matou com a espada que Heitor lhe deu. A obra Odisséia é a continuação da Ilíada, que conta a volta de Odisseu a Ítaca, onde passou mais dez anos até chegar a seu destino.

[editar] Mito
A guerra de Tróia se deu quando os aqueus atacaram Tróia, buscando vingar o rapto de Helena, esposa de Menelau, irmão de Agamenon. Os aqueus eram os povos que hoje conhecemos como gregos, que compartilhavam uma cultura e língua comuns, mas na época se enxergavam como vários reinos, e não como um povo só.
A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Posídon. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, intencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos foi Aquiles e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a famosa expressão “calcanhar de Aquiles”, significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetisa que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Tróia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido.

Helena e Páris
Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris, ou Discórdia. Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa um pomo de ouro com a inscrição “À mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e o pomo. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de “mais bela”, Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo à Afrodite, ganhando sua proteção e o ódio das outras duas deusas contra si e contra Tróia.
A mulher mais bela do mundo era Helena de Tróia, filha de Zeus e de Leda, rainha de Esparta. Helena possuía diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Odisseu (cujo nome latino era Ulisses), rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que escolhesse, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta.
Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, apaixonou-se por Helena e ambos fugiram para Tróia, enfurecendo Menelau. Este apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamenon então assumiu o comando de um exército de mil naus e atravessou o mar Egeu para atacar Tróia. As naus gregas desembarcam na praia próxima a Tróia e iniciam um cerco que iria durar 10 anos e custaria a vida muitos heróis de ambos os lados. Dois dos mais notáveis heróis a perderem a vida na guerra de Tróia foram Heitor e Aquiles.
Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, o famoso cavalo de Tróia, os gregos invadiram a cidade governada por Príamo e terminaram a guerra.